Mas Ele Nunca Me Bateu

 Meu namorado sempre foi muito grosso, desde o início do relacionamento não tinha nenhum respeito por mim, mas acreditando em sua mudança e por medo da solidão deixei que as coisas fossem acontecendo.  Ele bebia muito e sempre me tratava mal, geralmente quando saíamos para algum lugar eu estava triste, sempre medindo as palavras, nunca conseguia ser eu mesma pois ele fazia questão de me diminuir, dizia coisas humilhantes principalmente na frente de outras pessoas, fez de tudo pra me afastar de minhas amizades. Nunca conseguimos ter uma conversa pois dizia que eu era a ignorante ou que tudo era uma grande frescura minha, ou que eu estava louca, que só ficava de novela. Me fazia ter relações com ele mesmo quando eu não estava bem, tanto emocionalmente quanto fisicamente. Então sempre estava machucada em ambos aspectos. Isso pra mim passou a ser como uma obrigação e algo nojento, disso vêm toda insegurança minha sobre muitas coisas hoje. Terminamos varias vezes e ele usava de chantagem,

 Meu pai sempre fez agressão psicológica com minha mãe e sempre fez ela se sentir um lixo, pra ele ela servia pra limpar, passar cozinhar, e pra pra fazer sexo com ela, já chegou a dizer que seria melhor transar com uma armário de remédios do que com ela, ou com um vaca no pasto. Falava que os peitos dela pareciam ovos fritos. Eles estavam separados a 5 anos, morando na mesma casa em quartos separados e ele disse que ela era uma mulher que não servia pra nada porque não dormia com ele. No finalzinho, quando eu e minha mãe já estávamos saindo de casa, ele chegou a dar um soco em um prato, quebrá-lo e disse que queria que aquele prato fosse minha mãe. Mas ele nunca bateu nela.  Minha mãe está maravilhosamente bem hoje em dia, voltou a viver, o atual dela sempre combina viagens, os dois passeiam juntos, ele sempre diz pra ela que ela é linda. E sou grata por isso. Principalmente por tudo que ela passou, em seus 56 anos finalmente está sendo tratada com respeito e dignidade. Finalmente e

 Eu e meu namorado já estávamos juntos há 2 anos, desde o começo ele foi uma pessoa bipolar, agressiva e altamente ciumento, me proibiu de ter redes sociais, de ter amigos, até de criança ele tinha ciúmes!  As brigas e agressões eram constantes, tudo que acontecesse era culpa minha, por nada ele me batia. E quando acontecia alguma coisa que a culpa era dele, ele me fazia se sentir culpada e pedir desculpas a ele. Ele me chutava, esmurrava, enforcava, mordia. Uma vez ele pegou uma colher de ferro quente e colocou no meu braço, ainda hoje tenho a marca da queimadura. Quando eu dizia que ia terminar com ele, ele chorava e ameaçava de se matar se o deixasse, e dizia que ia mudar. Mas ele nunca mudou , quase entro em depressão por causa dele, só chorava e pensava em coisas terríveis! Muitas vezes tive vontade de mata-lo quando estava com algo cortante em minhas mãos.  Me preparei 6 meses para terminar com ele, até que chegou o dia de dar um basta, foi a melhor coisa que eu fiz na minha

 Ele era conhecido na adolescência, e por volta dos meus 30 anos apareceu pelas redes sociais. Forçou uma saída embora eu tivesse dito várias vezes não, insistiu até conseguir. Ficamos juntos e quando ele me perguntou o que achei, eu disse que estava arrependida.  Mesmo assim ele quis continuar, de início queria algo sem compromisso e como eu não aceitei, virou namoro. Ele começou a dizer que não gostava das minhas roupas e pedia pra não usar shorts. Dava palpites sobre o esmalte e formato das minhas unhas. Um dia recebi uma mensagem dizendo que ele pensou bem e não estava gostando do meu cabelo, sugeriu que eu fosse no salão trocar a cor e o corte. Ficava passando de carro na rua da minha casa a noite pra ver se eu traia ele. Dizia que não sabia o que eu fazia a noite.  Um dia falou que eu estava engordando, estava tão feia que torcia pra eu não engravidar pois ia ficar parecendo um monstro. Eu sempre estava feia. Não podia mais usar perfume e nem salto. Queria que eu comesse só o

 ''Ele sempre reparava alguma coisa “errada” em mim: “teus dentes estão tortos”, “olha essa joanete”, “você tá gorda”, “precisava de um silicone aí, né?”.   Escolhia as fotos que eu postava no Instagram e nos stories, mas era indiretamente : em certas publicações ele me dizia que todos os homens deveriam pensar que eu era uma puta olhando-as, e aí então eu acabava apagando. Quando brigávamos ele dava soco nas paredes, na porta, e já chegou a chutar a minha cachorra, depois chorava e dizia que eu tirava ele do sério . Jogava na minha cara o dinheiro que ele gastava comigo, me fazendo sentir que sem ele eu não sobreviveria . Mas ele nunca me bateu.    Eu faço tratamento psiquiátrico e terapia há mais de um ano. Ainda tenho algumas crises de ansiedade, mas já estou bem melhor. Hoje eu estou com outra pessoa, em um relacionamento completamente diferente e saudável.'' - Relato anônimo de uma seguidora, @maselenuncamebateu Olá, querida leitora ,  Você percebeu q

  ATENÇÃO : Esse relato é muito chocante! Envolve abusos, mortes, tentativa de feminicidio, danos psicológicos... esteja atenta a ele ter um grande potencial de te ''engatilhar'' sensações ruins! Mas isso não significa que seja um relato que não deva sr lido, muito pelo contrário, é lendo histórias parecidas que mulheres percebem que estão passando por agressões que não deveriam estar acreditando que é ''amor''. ''Namorei durante 5 anos com uma pessoa que era dependente químico e de mim, era enfermeira, psicóloga, advogada, mãe, cuidadora... buscava ele na favela no meio de dezenas de usuários, visitei em delegacia, em clínicas, fomos até para fora do país para tratar a doença, pagava suas dívida de drogas.  Uma vez busquei ele tão machucado, que pensei que ele morreria naquela noite. Como ele era de família política, rica não podia dar entrada em hospital, então levei ele para casa da mãe dele e chamaram a equipe médica da família. Ele nã

 ''Ele sempre arranjava um jeito de me por pra baixo! Falava que eu era velha, inocente porque fazia trabalhos voluntários, me tratava com indiferença. Eu fazia sexo forçado pra ele me deixar e paz. Uma vez apertou meu pescoço pra eu saber qual a sensação, já que eu adorava ver filmes de serial killers. Uma vez na rua chegou de surpresa e puxou minha bolsa querendo provar que eu era uma pessoa distraída, sendo que eu tinha acabado de passar por um assalto.  Me afastou dos meus amigos e família. Ameaçava por fogo na casa se eu o abandonasse (a casa era minha). Vivi 8 anos com ele, até que ele decidiu ir embora, eu sofri pois tinha criado uma coodependencia doentia.  Já faz 6 anos da separação, não sofro mais, porém nunca mais tive relacionamento sério,  tenho medo,  desenvolvi síndrome do pânico e fibromialgia, na época já tinha depressão que trato até hoje. Mas nunca mais o vi, me afastei totalmente.  Grata por ouvir essas mulheres que sofrem caladas, temos que nos unir, ju

 ''Foram 11 anos de um ciclo vicioso de agressões físicas, verbais, financeira, psicológica... Fui agredida desde o primeiro mês de namoro, com um tapa no rosto, na casa dos meus pais, quando o levei pra conhecer minha família. Eu não entendo como me deixei passar por isso por tantos anos, não entendo porque não me amei, eu me devo muitas desculpas...  Ele era mais velho 17 anos, na época eu tinha 20 ele 37. Me manipulava de uma forma incrível, desde o início, desde o primeiro tapa me convenceu que eu era a culpada por ele ter perdido a cabeça. Certa vez fui a confraternização do meu trabalho, um almoço em um restaurante perto do escritório mesmo, não podia levar acompanhante, pq era só um almoço, empresa pequena, eu, outra funcionária, o dono e a esposa. Ele chegou no restaurante, me tirou da mesa, me puxando pelo braço, disse que aquilo era coisa de rapariga, de puta, botou um capacete a força na minha cabeça, machucando, me fez subir na moto já me agredindo... E em casa el

 ''Eu quero contar um relato, porque muita gente acha que homens assim só se encontram em festas ou bares.  Esse cara era meu namorado, o conheci na igreja . Ele cantava e tocava, era considerado de confiança.. E foi com ele que eu perdi a virgindade. Eu nunca havia transado, ele sim. Ele me convenceu a fazer sexo. Toda vez que a gente transava, ele me culpava, dizia que era pecado e não devíamos fazer. Quando eu não transava com ele, ele me culpava do mesmo jeito. Vivia dizendo que eu tinha que fazer o que ele quisesse. A culpa sempre era minha . Levou anos para eu entender que não há culpa no sexo . Eu não sangrei na primeira vez, e ele dizia que eu nem era virgem mais... Que tinha mentido. Tinha momentos de raiva e sempre fazia com que a culpa ficasse em mim. Ele não me bateu, mas anos depois eu notei que ele me agredia todo dia, psicologicamente... O dano foi grande.'' - Seguidora anônima, @maselenuncamebateu Olá, querida leitora ,  Você percebeu que pa

 ''Começou com ele, logo nos primeiros dates, quando eu falei que sou monogâmica e que buscava alguém monogâmico também, me dizendo que jamais esquecia nada, então, que não queria saber de nada a respeito da minha vida antes de conhecê-lo. Ele nunca falou nada da vida particular, nada além do “coisas horríveis aconteceram comigo”, mas que tinha tido alta da analista. Um dia, não sei como, ele descobriu que o cara numa família de amigos era meu ex. Se descontrolou e veio discutir, julgando o nome da pessoa como algo por si depreciativo, e que quando eu chegava de almoços com meus grupos (ele era convidado mas nunca quis ir), eu exalava odores pela boca que o faziam ter certeza que eu tinha feito sexo oral. Ele dizia que tinha tido alta da terapia. Um dia, descobri que ele estava sob programa de atenção terapêutico-psicológico intenso e ele que parou de ir. Quando conversávamos, ele falava sobre o dia, e quando eu começava a contar do meu dia, ele dizia que precisava descansar/tr