Relato 35

Olá, meus amigos! Escrevo esta mensagem para pedir a sua ajuda.

Nos últimos meses, enfrentei uma campanha difamatória feita pelo meu ex-companheiro e sua família após a minha separação.

Procurei ajuda da minha família e amigos mais próximos, pois eles estavam fazendo uma exposição de fatos distorcidos, e tive total apoio de vocês.
Com o passar do tempo e o afastamento da relação abusiva, tive noção de que era vítima de violência doméstica em todas as suas formas: física, sexual, moral e psicológica. Fui proibida de falar por uma decisão judicial pedida pelo homem que manteve relações sexuais comigo sem o meu consentimento em completo estado de embriaguez, da qual nasceu a minha linda filha, de falar sobre os fatos que fui vítima para supostamente proteger a minha filha que tem sete meses de idade.  Eu nunca expus e nem vou expor a minha filha.

Desde que me separei, venho recebendo ameaças de que o meu ex-companheiro e sua família irão tirar a guarda da minha filha, pois alegam que sou família irão tirar a guarda da minha filha, pois alegam que sou atriz, que toda atriz é piranha e que não terei condições de criar filhos.
Procurei saber dos meus direitos e o que poderia fazer. Pensei muito antes de denunciar os abusadores. Fiquei com medo e com vergonha, me senti culpada.
Com o apoio da minha família, decidi enfrentar a violência. Tenho sofrido muito. Desde quando comecei a fazer as denúncias, tenho enfrentado muito preconceito. As pessoas acham que é uma promiscuidade, falta de vergonha, tudo o que estou falando. Está muito difícil. O único lugar que recebi atendimento digno foi na delegacia de atendimento à mulher. Peço a ajuda de todos que puderem me apoiar nesta luta.
Decidi que vou enfrentar a violência que sofri e resgatar a minha dignidade como mulher e como atriz.

Não posso, e nem vou, aceitar que me calem ou que contem uma versão mentirosa ou mais amena sobre tudo o que passei. Farei isso por mim, pela minha filha e por outras mulheres que passam pelo mesmo problema. Tenho recebido mensagens inbox pelas redes sociais de apoio e de outras mulheres que falam que passaram pelo que estou passando. Peço a sua ajuda, o seu apoio, deixando uma mensagem pública para me dar força nesta luta contra a violência de gênero e em defesa da dignidade da nossa profissão. Um abraço apertado em cada um!

- Letícia Almeida, seguidora da @maselenuncamebateu

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